26.12.11

Um milhão a mais para o carnaval




Quando começaram as negociações de repasse para o carnaval da Liga das escolas de Samba a Secult chegou a anunciar que dinheiro seria injetado por patrocinadores. O BMG, instituição financeira que realiza empréstimo por meio de consignações, o desconto em folha, se mostrou interessado. Daria  um milhão de  reais ao carnaval. Em troca gostaria de ter exclusividade para conceder os empréstimos aos servidores públicos. Outro item da negociação era aumentar a margem de endividamento dos funcionários, dos trinta constitucionais, para quarenta por cento. O governo não aceitou. O banco retrocedeu no patrocínio. Quando o fato ocorreu, ninguém do governo quis dizer qual era a instituição financeira que queria o tal negocio. Durante uma entrevista, no Amazônia TV, o secretário Zé Miguel, depois de ser apertado várias vezes pelo apresentador  Seles Nafes, acabou revelando que era o BMG. Uma fonte segura me disse que depois desta entrevista a direção do banco viu que a história dos 40 por cento pegou mal e decidiu entrar com dinheiro para o carnaval.
Isso quer dizer que a festa vai ter um milhão a mais para investimentos. Mostra também que não é preciso “vender a mãe”  para se ter uma boa negociação. O exemplo mostra que o carnaval é um bom produto, só precisa ser vendido.  As escolas precisam se virar para começar a captar outras fontes de recursos (além do público) para bancar a festa.

Um comentário:

Sergio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.