Quando
começaram as negociações de repasse para o carnaval da Liga das escolas de
Samba a Secult chegou a anunciar que dinheiro seria injetado por
patrocinadores. O BMG, instituição financeira que realiza empréstimo por meio
de consignações, o desconto em folha, se mostrou interessado. Daria um milhão de reais ao carnaval. Em troca gostaria de ter
exclusividade para conceder os empréstimos aos servidores públicos. Outro item
da negociação era aumentar a margem de endividamento dos funcionários, dos
trinta constitucionais, para quarenta por cento. O governo não aceitou. O banco
retrocedeu no patrocínio. Quando o fato ocorreu, ninguém do governo quis dizer
qual era a instituição financeira que queria o tal negocio. Durante uma
entrevista, no Amazônia TV, o secretário Zé Miguel, depois de ser apertado
várias vezes pelo apresentador Seles Nafes,
acabou revelando que era o BMG. Uma fonte segura me disse que depois desta
entrevista a direção do banco viu que a história dos 40 por cento pegou mal e
decidiu entrar com dinheiro para o carnaval.
Isso quer
dizer que a festa vai ter um milhão a mais para investimentos. Mostra também
que não é preciso “vender a mãe” para se
ter uma boa negociação. O exemplo mostra que o carnaval é um bom produto, só
precisa ser vendido. As escolas precisam
se virar para começar a captar outras fontes de recursos (além do público) para
bancar a festa.
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