Metropolitano ou do Câncer? Qual é o hospital que a população mais precisa?

 A construção está parada há quase cinco anos. O mato toma conta do espaço. O tapume já maltratado pelo tempo indica que o projeto inicial é página virada. Em vez de Hospital do Câncer, a obra é tratada como Hospital Metropolitano. Um relatório da Promotoria da Cidadania indica que cerca de mil casos de câncer são diagnosticados por ano no Amapá. Um motivo que justificaria a permanência do objeto do contrato inicial. A rede pública estadual não oferece aos pacientes o tratamento de radioterapia, obrigando dezenas de pessoas a entrar na fila do Tratamento Fora de Domicílio. Nem todo mundo consegue o custeio do governo e vagas em hospitais de outros estados para cuidar da saúde. A Unidade de Assistência de Alta Complexidade, Unacom, que funciona no Hospital de Clínicas Alberto Lima, que seria uma solução não atende as necessidades dos doentes.

A mudança da natureza de Hospital Metropolitano para Hospital do câncer também foi provocada por falhas no projeto do prédio. As salas de quimioterapia e radioterapia, por exemplo, não atendiam os padrões preconizados pelo Instituto Nacional do Câncer.

 O secretário de obras, Manoel Ferreira, diz que antes do início da construção, o projeto do hospital precisaria ter sido aprovado pelo Instituto Nacional do Câncer. Mas ele nunca foi encaminhado.

A prefeitura de Macapá confirma que também já descartou a construção de um Hospital do Câncer. O secretário explica que seis milhões de reais que seriam aplicados no antigo projeto já foram direcionados pelo Ministério da Saúde para as obras do Hospital Metropolitano. A retomada dos serviços chegou a ser anunciada em abril deste ano, mas não saiu da promessa. A prefeitura aguarda a liberação de recursos do governo federal.

Segundo a secretaria de Obras,  o Hospital Metropolitano terá uma área reservada para pacientes com câncer. Não há informações se a ala vai oferecer o serviço de radioterapia.