Os deputados Ruy Smith e Camilo Capiberibe, membros da comissão de direitos humanos da Assembléia Legislativa do Amapá, foram barrados durante uma inspeção surpresa no Centro Sócio Educativo de Internação. Adolescentes que cometem atos infracionais cumprem medida sócia educativa lá. Depois de muitas argumentações, a entrada foi permitida. Os deputados encontraram a área externa das instalações tomadas de mato. 38 internos que cumprem medida sócio-educativa estão divididos em três blocos de moradia com capacidade para cinqüenta adolescentes. Os deputados passaram por todos os blocos e ouviram queixas sobre qualidade da água captada de um poço artesiano e o mau cheiro de uma fossa. A sala de contenção, que funciona como espaço para adaptação de internos que estão chegando, foi reprovada. Três adolescentes reclamaram que o tempo máximo na sala é de 48 horas. Todos estão há mais de quatro dias. As camas não têm colchão. A fiação elétrica foi retirada e os jovens dizem que ficam no escuro à noite. No refeitório, os membros da comissão de direitos humanos provaram à comida servida aos internos, considerada boa. (A cena foi engraçada ver os deputados comendo feijão, arroz, macarrão e frango com batatas com vontade, enquanto os jornalistas faziam cara de fome. Também já era uma da tarde! Fomos convidados para almoçar, mas a pressa de voltar para a redação e fechar a matéria foi maior).
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