26.4.09

Eleição Conselho Tutelar de Macapá

Em maio acontece a eleição para a escolha dos novos conselheiros dos conselhos tutelares da Zona Sul e Zona Norte. O processo eleitoral é tão disputado que é semelhante a uma votação para Prefeito e vereador. O Conselho Municipal da Criança e Adolescente, responsável pelo processo, está preocupado com o grande número de candidatos que está aparecendo. O atrativo é o salário de mais de cinco mil reais.

Vale ressaltar que a função de conselheiro exige preparo técnico e psicológico. A responsabilidade é grande, encaminhar, receber e resolver problemas que envolvem crianças e adolescentes.

O preocupante é que políticos usam da popularidade (e da influência) para apoiar candidatos. O risco é eleger quem não está preparado para assumir esta missão.

Um comentário:

AVPELA (Amigos Voluntariados da Pedro Lazarino) disse...

Eu concordo.
Meu marido se candidatou na eleição passada e sofreu na pele as dificuldades de um candidato sem padrinho político.
Pensávamos que eram eleições sem fins políticos ou de promoção pessoal, tivemos uma excelente votação, quase 800 votos, mas o que prevaleceu foram os votos comprados na última hora pelos nepotistas.
A interferência dos políticos é tão preocupante que os candidatos realmente interessados e preparados para o trabalho de conselheiro são inseridos num perfil de interesseiros e mercenários.
A generalização negativa pode atrapalhar quem realmente se importa com a seguridade dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Muitos dos atuais conselheiros sequer conhecem o ECA, e como policial militar que já trabalhou em ocorrências envolvendo menores em situação de risco, sei que a maioria deles nunca se faz presente quando solicitados. Sempre estão ocupados para o trabalho que são pagos para executarem.
Faz-se necessária a intervenção do TRE, no sentido de elaborar um projeto de esclarecimento das comunidades do sul e do norte de Macapá para a real função do Conselheiro Tutelar; uma campanha de divulgação que alerte sobre a RESPONSABILIDADE que dever ter o ser humano que ocupará esse cargo.
A conscientização do eleitor é um primeiro passo para um processo eleitoral mais justo; e para um Conselho mais verdadeiro, mais presente, e mais responsável.