22.5.08

Família chora um ano sem Wilian Dickson

É uma trágédia pessoal. Envolve uma família, mas mostra que todos nós estamos sujeitos a passar por um problema como este. No ano passado, quando o policial Wilian Dickson Monteiro de 22 anos, sumiu. Eu fiz a matéria acompanhando o sofrimento da família. Quando o corpo apareceu num balneário no quilômetro 14 da rodovia 210, fomos a primeira equipe de televisão a presenciar uma das cenas mais terríveis que já ví na minha experiência profissional. O rapaz estava preso a um roda de carro.Ele estava desaparecido há quatro dias. Acompanhei também o desenrolar das investigações e como o experiente delegado Hidelberto Cruz chegou ao Acusado, Clayton, a namorada dele Regina, e um moto-taxista conhecido como pato. Um ano depois, conheci a mãe de Wilian, a avó, o pai e tios. Descobri que o rapaz já se destacava na escola no ensino fundamental. Muito pobre sempre estudou em escolas públicas e como não tinha dinheiro para pagar cursinho. Estudou sozinho em casa. Passou no vestibular para o curso de direito. Depois em segundo lugar no concurso da PM. Era exemplo de irmão, amigo e filho. São coisas que nunca mostramos. Neste outro lado da história vemos quem foi assassinado e que uma família foi destruída. A mãe de Wilian até hoje toma calmantes para conseguir dormir. O réu confesso, e os outros dois suspeitos respondem pelo crime em liberdade. O habeas Corpus foi concedido pelo Superior Tribunal de Justiça que entendeu que houve falta clamor popular a respeito do caso. Quem vive no Amapá sabe que o crime chocou toda a sociedade.

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